Um rico milagre
No Norte de Portugal, vivia uma
família sustentada pelo pai, que era padeiro. Este homem trabalhava com a
família muito mas conseguia conciliar o trabalho com as restantes atividades,
não vivia com dificuldades, sentia-se seguro e estável financeiramente.
A casa desta família era modesta,
com quatro quartos um para os pais, um para o filho, um para a filha e um para
visitas, a sala era grande com um sofá, com espaço para as quatro pessoas da
família, na parede estava pendurado um quadro pintado por um artista de rua, à
frente do sofá encontrava-se uma pequena mesa com uma televisão em cima e ao
lado da mesinha, estava o pinheiro decorado com as bolas típicas de Natal e as
luzes e uma estrela no topo da árvore. A cozinha era funcional com um fogão a
gás e um fogão a lenha, as facas, os garfos, as colheres e tesouras de cortar
carnes e peixes estavam organizados numa gaveta e a mesa de jantar
encontrava-se situada mesmo no centro da cozinha. O jardim era colorido, as
árvores eram adultas e, mesmo sendo inverno, eram verdes e tinham flor.
O padeiro era um homem alto,
atlético e de uma personalidade forte, trabalhava mais no Natal devido à
tradição do bolo-rei. Em certo dia de dezembro, chegou a casa do padeiro uma
carta do hospital que diagnosticava uma doença rara à sua mulher, com o preço
do tratamento à doença, as poupanças da família seriam extintas. O padeiro
decidiu pensar em pagar o tratamento no próximo dia, o que o levou a ficar
muito agitado e nervoso, devido a este nervosismo, o padeiro deixou um forno
ligado com a porta aberta e a padaria foi consumida por um incêndio. O pobre
homem, foi ao hospital pagar o tratamento da mulher e, depois disto, sentiu-se
envergonhado porque tinha destruído o ganha-pão da família.
Passaram alguns dias, o padeiro
ainda andava pelas ruas, mas em dia de Véspera de Natal, um homem bem vestido e
de boa aparência veio ao seu encontro e perguntou-lhe porque estava ali e o
padeiro contou-lhe o que lhe tinha sucedido. O homem revelou-se abastado e
homem de negócios, passou-lhe um cheque e deu-lhe uma morada de um armazém onde
podia recomeçar o seu negócio e só lhe pediu 5% dos lucros de um ano. O padeiro
agradecido voltou a casa ainda a tempo da ceia de Natal, deu boa nova à família
e estes festejaram o milagre.
João Malheiro, nº9 8ºB
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