A história da Maria
Em
Angola, numa aldeia muito pobre, as casas eram feitas de palha, no interior não
havia nada e as camas eram esteiras onde crianças e adultos dormiam, todos na mesma divisão.
Maria,
uma criança negra de doze anos, trabalhava muito para ajudar a família que era
muito pobre e várias vezes não tinha o que comer.
Certo
dia aconteceu uma tragédia com os pais. Apanharam uma doença contagiosa ficando
várias semanas sem ver a filha.
Durante esse tempo, Maria teve de ficar com
outra família. Pensando que a vida ia melhorar, a criança estava expectante. No
entanto, em vez disso, encontrou um lar pouco acolhedor no qual a obrigavam a
fazer todas as tarefas domésticas, ir vender para o mercado os legumes e fruta
que colhia de madrugada. Para comer apenas tinha o que sobrava dos pratos dos
membros da família quando lhos entregavam para lavar.
Aproximava-se
o Natal e Maria sentia muitas saudades dos pais, não sabia nada deles desde o
final do verão e estava preocupada. O Natal não era uma época festiva, apenas
um dia a mais no calendário, pois nestas paragens longínquas não tinham
conhecimento desta comemoração.
Certa
vez, quando estava nas limpezas, Maria encontrou um postal com um hospital… Sem
pensar, a rapariguinha correu porta fora em direção ao centro da aldeia para
pedir ajuda para chegar ao hospital. Uma senhora indicou-lhe o local onde
poderia encontrar um transporte que a levasse até ao hospital e também lhe deu
algum dinheiro.
Quando
chegou ao hospital, perguntou à recepcionista pelos seus pais ao que esta
respondeu que já lá não se encontravam.
De
seguida, Maria tentou encontrar uma maneira de regressar à sua aldeia natal, à
casa dos pais. Aflita, decidiu voltar ao hospital pedindo ajuda. Uma enfermeira
que ia a sair ficou com pena da pequena que se encontrava a chorar e decidiu
ajudá-la. Levou-a até à sua aldeia.
Ao
chegar à aldeia, a rapariga correu para a sua casa e reencontrou os seus pais.
A enfermeira ao ver a pobreza daquela família, decidiu ajudá-los. Prometeu
arranjar trabalho para o pai na cidade mais próxima para que este pudesse dar à
sua família uma vida melhor. Ajudou-os a ter comida na mesa para a ceia de Natal
e incentivou a Maria a seguir os estudos.
Apesar de não saber o significado do Natal,
esta foi a melhor prenda que Maria já tivera, com os pais recuperados e a perspetiva
de uma vida melhor.
Mariana Lima Nº14 7º B
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