quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

 

A história da Maria

 
  Em Angola, numa aldeia muito pobre, as casas eram feitas de palha, no interior não havia nada e as camas eram esteiras onde crianças e  adultos dormiam, todos na mesma divisão.

   Maria, uma criança negra de doze anos, trabalhava muito para ajudar a família que era muito pobre e várias vezes não tinha o que comer.

   Certo dia aconteceu uma tragédia com os pais. Apanharam uma doença contagiosa ficando várias semanas sem ver a filha.

 Durante esse tempo, Maria teve de ficar com outra família. Pensando que a vida ia melhorar, a criança estava expectante. No entanto, em vez disso, encontrou um lar pouco acolhedor no qual a obrigavam a fazer todas as tarefas domésticas, ir vender para o mercado os legumes e fruta que colhia de madrugada. Para comer apenas tinha o que sobrava dos pratos dos membros da família quando lhos entregavam para lavar.

   Aproximava-se o Natal e Maria sentia muitas saudades dos pais, não sabia nada deles desde o final do verão e estava preocupada. O Natal não era uma época festiva, apenas um dia a mais no calendário, pois nestas paragens longínquas não tinham conhecimento desta comemoração.

Certa vez, quando estava nas limpezas, Maria encontrou um postal com um hospital… Sem pensar, a rapariguinha correu porta fora em direção ao centro da aldeia para pedir ajuda para chegar ao hospital. Uma senhora indicou-lhe o local onde poderia encontrar um transporte que a levasse até ao hospital e também lhe deu algum dinheiro.

Quando chegou ao hospital, perguntou à recepcionista pelos seus pais ao que esta respondeu que já lá não se encontravam.

De seguida, Maria tentou encontrar uma maneira de regressar à sua aldeia natal, à casa dos pais. Aflita, decidiu voltar ao hospital pedindo ajuda. Uma enfermeira que ia a sair ficou com pena da pequena que se encontrava a chorar e decidiu ajudá-la. Levou-a até à sua aldeia.

Ao chegar à aldeia, a rapariga correu para a sua casa e reencontrou os seus pais. A enfermeira ao ver a pobreza daquela família, decidiu ajudá-los. Prometeu arranjar trabalho para o pai na cidade mais próxima para que este pudesse dar à sua família uma vida melhor. Ajudou-os a ter comida na mesa para a ceia de Natal e incentivou a Maria a seguir os estudos.

   Apesar de não saber o significado do Natal, esta foi a melhor prenda que Maria já tivera, com os pais recuperados e a perspetiva de uma vida melhor.   

 

Mariana Lima  Nº14 7º B

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