Conto de Natal
Numa tarde de Natal, numa
casa humilde, coberta de neve, ouvia-se a Joana a queixar-se ao seu irmão
Daniel. Esta lamentava ter sido uma pessoa infeliz e sem sorte neste ano de
2020. Não podia conviver com as amigas da escola, não podia visitar a sua
família, sentia-se muito pesarosa. Entretanto, os pais chegaram do
supermercado.
- Olá mãe, olá pai! – exclamaram as crianças.
- Olá filhos! Está tudo
bem por aqui? – perguntaram os pais.
- Sim! Mãe, posso
ajudar-te nos preparativos para o Natal? – perguntou a Joana.
- Claro que podes
ajudar filha! - respondeu a mãe. - Vamos para a cozinha.
Enquanto a mãe e a irmã
foram para a cozinha, o Daniel decidiu ir dar uma volta de bicicleta.
O rapaz seguiu para o
monte e viu um caminho pelo qual nunca tinha passado. Com curiosidade, resolveu
explorá-lo. O caminho era estreito e continuava numa longa reta, mas com uma
descida muito inclinada. Ao descer deparou-se com imensas pedras e galhos.
Acabou por cair, bater com a cabeça numa das pedras e desmaiar.
Entretanto, passadas
algumas horas, a esposa disse ao marido:
- Amor, liga para o
nosso filho para que venha para casa, a ceia já está quase pronta.
O pai ligou várias
vezes ao Daniel, mas como este não atendeu, o senhor suspeitou que algo poderia
ter acontecido.
- Amor, o Daniel não
atende o telemóvel, pode ter acontecido alguma coisa com ele! – disse o pai
preocupado.
- Eu vi-o a sair do
portão de bicicleta, deve ter ido para o monte, como é o habitual, e vi agora
que ele deixou o capacete em casa! – alertou a mãe.
Os pais e a irmã foram
à procura do Daniel no monte. Ao encontraram dois caminhos, resolveram
dividir-se: o pai foi pelo caminho da esquerda enquanto mãe e filha foram pelo
da direita.
Joana estava muito
inquieta por causa do irmão e o desespero tomou conta dela.
- Mãe, onde estará o
Daniel? Será que lhe aconteceu alguma coisa?! Por favor, meu Deus, faz com que
o meu irmão esteja bem… Desculpa por ter sido egoísta e ter pensado apenas em
futilidades, em sair com as minhas amigas… Por favor, eu só quero que não tenha
acontecido nada de grave ao meu irmão… - soluçava a rapariga.
- Acalma-te, Joana,
tudo correrá pelo melhor. Por vezes, Deus coloca pedras no nosso caminho para
que nos lembremos de dar valor às coisas boas que temos – observou a mãe.
Entretanto, depois de
caminhar alguns minutos, o pai encontrou o Daniel desmaiado e com um enorme
hematoma na cabeça. Ligou para a mulher e, de seguida, chamou uma ambulância.
Já no hospital, Daniel
recuperou a consciência e os pais foram informados que os exames médicos não
haviam revelado nada de grave, apenas era preciso levar uns pontos na cabeça, o
que já deu um alívio a toda a família.
Mais tarde, já em casa realizaram
a ceia de Natal, mais unidos que nunca.
Já passadas algumas
horas, e faltando alguns segundos para a meia-noite, tanto o Daniel como a
Joana, estavam muito ansiosos para abrirem os seus presentes.
À meia-noite, começaram
a abri-los e a Joana exclamou:
- É linda esta prenda,
obrigada! Mas nada que se compare ao facto de eu ter o meu irmão são e salvo
perto de mim! És um chato, Daniel, mas eu adoro-te, mano!
E os dois irmãos
abraçaram-se agradecidos por estarem em família…
De repente, ouviram-se
foguetes e todos correram para fora. Havia imensos foguetes a serem lançados,
muitas cores e formatos diferentes no céu daquela noite!
Já tendo acabado os
fogos de artíficio, voltaram para dentro e aconchegaram-se junto da chama
ardente da lareira, perto do pinheirinho enfeitado com as fitas, bolinhas e
luzinhas de diversas cores, que enriqueciam o espírito natalício da casa. No
presépio havia bonecos, caminhos de terra, animais, pessoas, os três reis
magos, casas, construções e principalmente a cabana com o menino Jesus.
A família conseguiu passar
o Natal com quem mais gostava, da melhor maneira possível!
Mesmo tendo tido um
momento stressante por causa do pequeno acidente do Daniel, a família estava
reunida e a celebrar a magia do Natal!
Paulo Lima Faria 7ºA Nº20
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