quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

 

O lenhador e a árvore de Natal



          Era uma vez um lenhador que vivia no meio de uma floresta fria e gelada no topo de uma montanha com a sua mulher. Viviam numa pequena e modesta casa, mas muito aconchegante onde não faltava o calor humano, o amor e a amizade que nutriam um pelo outro.

          Viviam felizes os dois sozinhos na floresta.

          Certo dia, a mulher adoeceu e meses depois morreu. O lenhador ficou muito triste, sentiu-se só e desamparado.

Desde esse dia, sentiu-se invadido pela solidão, nada mais fazia, passava os seus dias a cortar lenha e nos afazeres domésticos.

          Numa noite cinzenta e triste, no dia 23 de dezembro, o lenhador decidiu usar uma das árvores que cortara: colocou-a dentro de casa e resolveu decorá-la. Ia colocando luzes, imensas luzes, umas fitas, umas bolinhas e uma estrela.

          No dia seguinte, o homem observou a sua casa, esta tinha pareceu-lhe diferente, parecia mais viva e iluminada… Aquela árvore trouxera mudanças…

          Nesse mesmo dia, ao cair da noite, ouviu um latir pesaroso vindo da parte de fora da sua casa. Abriu a porta e deparou-se com um cão de orelhas caídas e olhar triste deitado no chão junto à porta. Este parecia estar com muito frio e com fome, então o lenhador decidiu tomá-lo nos seus braços e levá-lo para o interior da sua casa. Colocou-o junto da lareira para que se aquecesse e deu-lhe de comer. O cão logo se transformou e enroscou-se nas pernas do lenhador.

 Algumas horas depois, um casal idoso veio bater à porta da casa do lenhador a perguntar se este tinha visto um cão. Este cão era a alegria do casal com quem vivia há anos. Dissera ao lenhador que a luz da sua árvore de Natal os iluminara e guiara até àquele lugar.

O casal ficou muito feliz depois de saber que o seu adorado companheiro canino estava em casa do lenhador. 

Este convidou-os a entrar e como esta noite já tinha caído e o frio era insuportável, sugeriu que se aquecessem à lareira e que passassem lá a noite.

O casal agradeceu e ficou em casa do lenhador.

Quando amanheceu e o sol aqueceu a floresta, o casal partiu sem antes agradecer ao lenhador por ter tomado conta do cão e deixado que eles dormissem em sua casa.

Daí em diante, o lenhador sentiu o renascer da esperança, nunca mais se sentiu triste e todos os anos, no dia 23 de dezembro, passou a decorar uma árvore, a iluminar a casa com a sua árvore de Natal.

 

 

Alexandre Barros Nº 1 7º C

Sem comentários:

Enviar um comentário